O que muda no corpo da mulher com o pós-parto

Hoje irei falar de algo que incomoda gera bastante dúvidas nas mulheres: as mudanças que ocorrem com seu corpo no pós parto.

Realmente, não tenho como negar que este é um período que apresenta muitas mudanças físicas e emocionais, algumas delas, difíceis de serem superadas. É necessário muita paciência e resiliência por parte da mulher durante esse processo.

Por outro lado, o nascimento de uma criança também traz alegria, aprendizado e descobertas na vida de uma mãe. Costumo dizer que é um período de intensas “transformações”.

Esse período é denominado de puerpério e traz muitas novidades na vida das mulheres, especialmente, para as mamães de primeira viagem.

Antes de tudo, o que é puerpério? E quanto tempo dura esse período?

O puerpério é o período de tempo do pós-parto. É quando o corpo da mulher está voltando às suas condições normais.

Os especialistas informam que, do ponto de vista fisiológico, o puerpério tem duração aproximada de 45 a 60 dias. Esse é o período que os seus órgãos e o corpo, exceto a mama, têm para voltar ao seu estado de pré-gravidez.

No entanto, sob o ponto de vista emocional, esse período tende a ser muito mais longo porque é o período que a mulher está se adaptando a uma nova vida e precisa dividir suas responsabilidades com às necessidades do bebê.

Embora muitas mulheres tirem isso “letra”, há centenas que sofrem durante esse processo e chegam a ter depressão pós parto. Por isso, que muitos especialistas não costumam dar um prazo final para duração do puerpério pois, tudo vai depender de como cada mulher vive essa fase.

Uma das formas que ajudam as mulheres a passarem por isso de maneira mais leve, é quando ela estabelece uma rede de apoio durante essa fase.  

Além da rede de apoio formada, normalmente, por familiares, há também aplicativos que podem ajudar a mulher a passar melhor por essa fase, dentre outros benefícios. Por exemplo, o Aplicativo Mamãe Completa.

As transformações que ocorrem no corpo da mãe com o pós parto

Desde a gravidez a mulher passa por uma série de transformações, sejam físicas ou psicológicas. Essas mudanças, no entanto, não param com o nascimento do bebê. Ao contrário, mudanças estão sempre a frente. Afinal, o bebê se desenvolve e cada fase, requer novos desafios que a mulher vai ter que experimentar.

A seguir, o nosso foco estará, especificamente, para as mudanças que acontecem no corpo de uma mulher com o pós parto. Confira:

1. Mamas mais duras

É normal que uma mulher descubra que seus seios ficam mais endurecidos, sensíveis e podem ter nódulos palpáveis alguns dias pós parto. Isso ocorre devido a produção do leite materno.

Por isso, é fundamental que as mamães estejam devidamente treinadas sobre a amamentação neste momento, já que o manejo adequado da amamentação será fundamental para o bebê.

Por fim, vale destacar que quando você estiver tendo problemas para amamentar, é crucial obter o apoio de especialistas treinados que tenham uma perspectiva humana e possam orientá-la durante este período difícil.

Leia também: Mitos e verdades sobre a preparação da mama para amamentar

2. Sangramentos

Os sangramentos também são típicos nos primeiros dias pós parto, são conhecidas como lochia e começam fortes, mas com o tempo, vai perdendo a intensidade. A melhor abordagem para lidar com estes sangramentos é utilizar aqueles absorventes noturnos, que são indicados para o fluxo intenso.

No entanto, a mulher deve se manter atenta a quaisquer mudanças em seu padrão e procurar ajuda médica, se necessário.

3. Cólicas

As cólicas na fase pós-parto estão frequentemente ligadas ao retorno do útero ao seu tamanho normal. Essas dores são comuns por alguns dias pós parto, à medida que o útero se recupera gradualmente para seu tamanho normal.

Esta é uma reação hormonal causada pela oxitocina, que está associada à adequada ejeção do leite materno, e pode ser mais grave durante a amamentação, especialmente nos primeiros dias do pós-parto.

3. É possível que a mulher não seja capaz de menstruar por um ano

Devido a amamentação, a mulher produz o hormônio da ocitocina e prolactina. A produção desses hormônios, podem impedir que a menstruação desça com frequência.

Em alguns casos, a menstruação intercala entre os meses. Isso vai depender da intensidade em que a criança mama, bem como, da condição hormonal de cada mulher.

Nesse período, muitas mulheres ficam um pouco “perdida” quanto ao seu ciclo menstrual e até deixam de fazer o controle para uma gravidez futura.

No entanto, você deve conhecer alguém que já engravidou amamentando (eu conheço algumas). Portanto, cuidado com a falta de controle e busque orientação com seu ginecologista a respeito.

4. Intestino

O intestino da mulher abranda com o pós parto, ou seja, trabalha mais lentamente. Isso resulta em um aumento no volume da barriga e no acúmulo de gases. Portanto, é comum a mulher ter prisão de ventre durante esse período.

Se o parto ocorreu via cesárea, a probabilidade de isso ocorrer é maior, pois, além das alterações hormonais, o próprio procedimento cirúrgico causa uma significativa desaceleração do trânsito intestinal.

Depois uma semana, a condição normalmente vai melhorando. No entanto, o intestino pode demorar entre seis a oito semanas para voltar a “trabalhar” normalmente.

Essa mudança de hábito intestinal deve ser comparável ao período de gestação da mulher, que frequentemente é mais constipado. É recomendado que a mulher se movimente e ande (mesmo que seja dentro de casa) pois isso ajuda ao intestino voltar ao normal.

Fazer uma dieta rica em fibras e beber muita água também ajuda nesse processo.

5. A libido permanece baixa por algumas semanas

Antes de tudo, saiba que existem diversos motivos pelas quais as mulheres que acabam de dar à luz experimentam uma diminuição temporária no desejo sexual. A mais evidente é o esgotamento natural que vem da adaptação ao nascimento do bebê e a falta de sono, mas há outros aspectos também.

Outro fator crucial a ser lembrado é que os tecidos na área vaginal permanecerão sensíveis, tornando o contato sexual potencialmente desconfortável. Além disso, as flutuações hormonais podem fazer com que a mulher se sinta menos atraente, impactando de forma negativa na libido.

Há também a prolactina que inibe a geração dos fluidos que lubrificam o canal vaginal e diminui o desejo sexual da mulher. Como resultado, é comum que a libido se mantenha baixa até que o bebê se torne menos dependente da mãe, o que normalmente ocorre de 4 a 6 meses após o nascimento.

Portanto, nada de desespero! até porque eu escrevi um texto com dicas que podem te ajudar nesse sentido. Veja abaixo.

Leia também: Falta de desejo sexual no pós-parto: o que fazer?

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